Comissão com representantes da sociedade avalia a Educação em tempos de pandemia

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02/09/2020

O prefeito de Santo Antônio da Patrulha, Daiçon Maciel da Silva chamou representantes de diversos setores da sociedade para discutir a questão da Educação em tempos de pandemia. Na última sexta-feira (28/08), o prefeito e a secretária da Educação Dalva Maria Provenzi de Carli anunciaram durante uma transmissão ao vivo pelo Facebook, que as aulas não retornam antes do dia 1º de outubro e que o retorno será definido de forma conjunta.

O grupo composto para avaliar e definir sobre o caso conta com representantes de professores, pais de alunos, Comitê de Prevenção e Combate a Covid – 19, secretarias municipais de Educação, Saúde e Administração, Procuradoria Geral do Município, OAB/SAP, Câmara de Vereadores, ACISAP, sindicatos de trabalhadores, Conselho Municipal da Educação, escolas particulares e  espaços de recreação.
 
O prefeito ouviu a todos e a maioria não considera seguro o retorno às aulas neste momento. Daiçon lembrou que a pauta aborda a rede municipal, pois o ensino médio é competência do Estado e também sobre as universidades o Município não tem gerência. Mas, afirmou que os alunos da Educação Infantil matriculados na rede estadual seguirão as regras do Município. “Estamos com o ensino presencial suspenso desde o dia 16 de março e não vamos voltar enquanto não for seguro. No entanto, temos muitas questões que precisam ser avaliadas e conto com a colaboração de todos vocês”.
 
A secretária municipal da Educação, Dalva Maria Provenzi de Carli apresentou os números da rede, que somam 8.499 alunos, o que segundo ela, demonstra o grande volume de crianças e adolescentes o que evidencia que é necessária a prudência na tomada de decisões. Ela também apresentou o planejamento da secretaria municipal da Educação para a retomada em momento oportuno com foco na preservação da vida e recuperação da aprendizagem de todos os estudantes.
 
A secretária da Administração, Cléia Airoldi apresentou um relatório apontando custos de serviços paralisados desde o mês de março. Mesmo sem estar funcionando, o Município investiu na rede até o momento mais de R$ 577 mil, com subsídio do transporte coletivo, manutenção de vagas de contratos em escolas particulares, entre outros.
 
Daiçon lembrou que a merenda escolar vem sendo distribuída à famílias de alunos em situação de vulnerabilidade, mas segundo ele, esta solução não substitui as cinco refeições por dia que as crianças tinham na escola. Outra situação levantada pelo prefeito foi que pais precisam trabalhar e não têm com quem deixar suas crianças.
 
O aumento de cuidadores de criança em casa também está aumentando e também é motivo de preocupação.  A presidente do Conselho Municipal de Educação, Carla Meregalli disse é preciso pensar nos riscos que crianças deixadas em locais não habilitados deve ser avaliado. “Sabemos que as crianças estarão muito melhores em nossas escolas, que têm plano de contingência e que, se funcionarem atenderão todos os protocolos de segurança”, afirmou.
 

A Irmã Cecília Martinello, do Colégio Santa Teresinha disse que irão “seguir a ordem do Município, já que estamos dentro dele”. Diz que na segunda quinzena de agosto fizeram enquete e 76% dos pais disseram q não voltariam às aulas.

Outros órgãos como o Conselho Tutelar e secretaria municipal do Trabalho e do Desenvolvimento Social também vão integrar à Comissão. 

Secretaria Municipal da Administração e Finanças - SEMAF  Secretaria Municipal da Educação - SEMED  Secretaria Municipal da Saúde - SEMSA  Gabinete do Prefeito 

Fonte: ACS-PREFASAP