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Prefeitura Municipal de Santo Antônio da Patrulha

Exposição de Santo Antônio Padroeiro no Museu

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14/06/2017

Desde o dia 12 de junho, o Museu Antropológio Caldas Júnior está com a exposição em homenagem ao Santo Antônio Padroeiro. A mostra contém dados históricos, imagens e artesanatos relacionados ao padroeiro.

A exposição é aberta a comunidade e gratuita, pode ser visitada diariamente, das 8:30 às 18:30, até o dia 30 de junho. Nos finais de semana, a visitação deverá ser agendada, através do telefone 3662-2738.

 

Como surgiu a devoção ao santo na nossa comunidade, que acabou levando seu nome – Santo Antônio da Patrulha. (Por Jaime Nestor Müller - Instituto Histórico e Geográfico de Santo Antônio da Patrulha - Responsável pelo Arquivo Histórico da Paróquia Santo Antônio)

 A história da vida de Santo Antônio e seus milagres conquistam ainda hoje, milhões de devotos, espalhados pelo mundo inteiro. Também por aqui, no século XVIII, aflorou essa devoção, trazida pelos portugueses e açorianos. Mas como chegou? Quem foi o primeiro e lembrar o Santo Milagreiro português? O que motivou essa dedicação de uma capelinha em honra ao nosso padroeiro, a primeira dedicada ao santo português na Província de São Pedro?

Na obra do Padre Ruben Neis, “Guarda Velha de Viamão – No Rio Grande do Sul Miscigenado Surge Santo Antônio da Patrulha”, na página 129, ele descreve várias hipóteses para a escolha de Santo Antônio como padroeiro. Muitas fazendas naquela época tinham oratórios, haja vista que o próprio pai de Margarida, Manuel de Barros Pereira, pediu licença em 1754 ao Bispo do Rio de Janeiro para construir um em sua propriedade chamada “Fazenda Santo Antônio” e supõe-se que o dito oratório seria em honra ao padroeiro. É lógico pensar que a convivência de Margarida com o pai Manuel, deve ter influído na devoção a Santo Antônio, pois eles moravam juntos até os treze anos dela, quando saiu de casa para se casar com o Inácio. O próprio padre Ruben Neis, na sua obra, também supõe que o pai de Margarida, talvez saudoso da filha que não mais morava com ele, poderia tê-la presenteado com a imagem do santo do oratório de sua fazenda, ou mesmo uma outra imagem do padroeiro.

Outra idéia, que também é bem fundamentada pelo padre Neis, diz respeito a vinda de muitos lagunistas para a nossa região e o padroeiro daquela Vila de Santa Catarina, também é Santo Antônio, sendo possível ter vindo daí a devoção. Suposições a parte, o importante é destacar que, o casal Inácio José de Mendonça e Silva e sua jovem esposa Margarida da Exaltação da Cruz, construíram a capelinha em suas terras, atendendo um pedido do bispo Dom Frei Antônio do Desterro, que editou portaria oficializando a pequena igreja no dia 31 de agosto de 1760. O casal por este ato é considerado por historiadores, os fundadores de nosso município e a portaria do bispo um dos documentos mais importantes de nossa história.

Secretaria Municipal da Cultura, Turismo e Esportes – SECTE 

Fonte: ACS-PMSAP

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